COVID-19: O FATOR PSICOLÓGICO Descargar este archivo (01 Covid 19 - AAbad TMarques.pdf)

Alberto Abad

Universidade CUT. México

Thaís Marques Abad

Secretaria de Educação do Estado do Amapá

Resumo

A pandemia da Covid-19 representa um complexo desafio sanitário, social, econômico, educacional e psicológico sem precedentes na humanidade. O fator psicológico é determinante para o sucesso dos métodos adotados pela Organização Mundial da Saúde para evitar a propagação da infeção ante a inexistência de vacinas e terapias antivirais cientificamente respaldadas, os efeitos colaterais da quarentena, isolamento e distanciamento social, as perspectivas económicas e laborais posteriores a pandemia e os mitos e informações falsas sobre a doença. Nesse sentido, o objetivo deste artigo é analisar os fatores psicológicos da pandemia no intuito de adaptar estratégias relevantes de intervenção em saúde mental. Para atingir este objetivo, elegeram-se bases de dados com relevância para as áreas de Saúde, psiquiatria e Psicologia no intuito de analisar as mais recentes publicações relacionadas à psicologia e a Covid-19. Finalmente, observa-se a importância do planejamento e coordenação de estratégias para o atendimento psicológico durante a pandemia (e posterior a ela), considerando um cenário que mostra a probabilidade de uma crise psicológica sem precedentes.

Palavras chave: Covid-19; Psicologia da pandemia; Distanciamento Social; Fatores psicológicos.

Resumen

La pandemia de Covid-19 representa un complejo desafío social, económico, educativo y psicológico sin precedentes en la humanidad. El factor psicológico es decisivo para el éxito de los métodos adoptados por la Organización Mundial de la Salud para prevenir la propagación de la infección en ausencia de vacunas y terapias antivirales con respaldo científico, los efectos secundarios de la cuarentena, el aislamiento y el distanciamiento social, las perspectivas económicas y laborales posteriores a la pandemia y los mitos y la información falsa sobre la enfermedad. En este sentido, el objetivo de este artículo es comentar los factores psicológicos de la pandemia para adaptar estrategias relevantes de intervención en salud mental. Para lograr este objetivo, se eligieron bases de datos relevantes para las áreas de salud, psiquiatría y psicología para analizar las publicaciones más recientes relacionadas con la psicología y Covid-19. Finalmente, se observa la importancia de planificar y coordinar estrategias para la atención psicológica durante la pandemia (y después de ella), considerando un escenario que muestra la probabilidad de una crisis psicológica sin precedentes.

Palabras clave: Covid-19; Psicología de las pandemias; Distanciamiento Social; Factores psicológicos.

Abstract

The Covid-19 pandemic has become an unprecedented and complex health, social, economic, educational and psychological challenge. Thus, the psychological factor is decisive for the success of the methods adopted by the World Health Organization to prevent the spread of infection in the absence of scientifically supported vaccines and antiviral therapies, the side effects of quarantine, isolation, and the subsequent economic and labor perspectives after the pandemic. In this sense, the purpose of this article is to analyse the psychological factors of the pandemic in order to adapt relevant mental health intervention strategies. To achieve this objective, databases with relevance to the areas of Health, Psychiatry and Psychology were elected in order to analyze the most recent publications related to psychology and Covid-19. Finally, the importance of planning and coordinating strategies for psychological care during the pandemic (and after it) is observed, considering a scenario that shows the probability of an unprecedented psychological crisis.

Key words: Covid-19; Psychology of pandemics; Social distancing; Psychological factors.

Introdução

A probabilidade do advento de uma pandemia com consequências potencialmente devastadoras já tinha sido considerada por inúmeros científicos, profissionais da saúde e virologistas ao redor do mundo ante a evidencia da pouca disponibilidade de tratamentos medicamentosos eficazes para reduzir a potencial morbilidade e mortalidade (Taylor, 2019). Neste sentido, a partir do surto do Sars-Cov-2 (coronavírus) como responsável de uma nova pneumonia na localidade de Wuhan (China) a finais do ano 2019 e a probabilidade da doença atingir a milhões de pessoas pelo seu índice de contágio ante o despreparo de muitos países dadas as condições hospitalares a nível mundial, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a Covid-19 como uma pandemia a partir do dia 11 de março (2020).

Os dados coletados a partir do surto da Covid-19 mostram seu alto índice de contágio ao redor do mundo ao ter excedendo os dois milhões de casos confirmados e ultrapassando os 120,000 óbitos (WHO, 2020) ao tempo da escrita deste texto em meados do mês de abril. O foco da pandemia, temporariamente, está localizado nos Estados Unidos somando mais de meio milhão de pessoas infectadas pela doença (quantidade maior que na Espanha, Itália, França em conjunto). Só a cidade de Nova Iorque contabilizou mais de 200,000 com mais de 10,000 casos fatais. Nesse sentido, o anúncio da OMS da Emergência em Saúde Pública de Interesse Internacional, a confirmação da transmissão entre humanos da doença e as informações dobre a estrita quarentena de Wuhan foram fonte de pânico público (Qiu, Shen, Zhao, Wang, Xie & Xu, 2020).

De tal modo, o objetivo deste artigo é analisar os fatores psicológicos da pandemia no intuito de adaptar estratégias relevantes de intervenção em saúde mental. Para atingir este objetivo, elegeram-se bases de dados com relevância para as áreas de Saúde, psiquiatria e Psicologia (Educational Resources Information Center (ERIC), Web of Science, PsycNET, Fundación Dialnet, Google Acadêmico etc.) no intuito de analisar as mais recentes publicações relacionadas à psicologia e a Covid-19.

A pandemia da Covid-19

As pandemias, definidas como a disseminação mundial de uma nova doença (WHO, 2010), frequentemente são marcadas por um sentido de urgência, confusão e incerteza (WHO, 2005). De tal modo, considerando: 1) a importância de uma comunicação clara e efetiva que facilite informações necessárias para a oportuna tomada de decisões que promovam ações eficazes para proteger a saúde e segurança das populações em risco durante o surto da Covid-19 e, 2) manter e construir confiança pública nas autoridades de saúde pública e minimizar as perturbações sociais e econômicas (WHO, 2008), a OMS utiliza quatro métodos para gerenciar a propagação da infecção: comunicação do risco; vacinas e terapias antivirais; práticas de higiene; e distanciamento social (Taylor, 2019).

Concomitantemente ao primeiro método, isto é, à ampla comunicação do risco da Covid-19 feita pela OMS, têm surgido mitos e informações falsas através das redes sociais sobre a doença (Fake News, boatos e teorias da conspiração), que, em ocasiões, são fonte de pânico e estresse (Rubin & Wessely, 2020) com efeitos na saúde mental das pessoas (na forma de ansiedade, transtornos depressivos etc.) resultando em perigos que excedem as consequências da pandemia (Bao, Sun, Meng, Shi & Lu, 2020). Nesse sentido, em tempos da Covid-19, estabelecer e manter a confiança por meio de uma comunicação clara, transparente e honesta é fundamental (Quick, 2018).

O segundo método utilizado pela OMS para gerenciar a propagação da infecção, ainda não pode ser implementado devido à inexistência de vacinas e terapias antivirais cientificamente respaldadas para a Covid-19. Apesar disso, existe uma proliferação de informações contrárias aos fatos científicos (p. ex., o uso da cloroquina e hidroxicloroquina sem ter estudos conclusivos que comprovem sua efetividade no tratamento da Covid-19). Assim sendo, o objetivo a curto prazo se foca no aplanamento da curva da transmissão da doença através da diminuição do número de contágios e destarte, evitar a sobrecarga dos serviços de saúde evitando assim o número de mortes por falta de atendimento oportuno.

Posto isto, os métodos de práticas de higiene (assepsia geral, lavado de mãos com sabão, uso de álcool-gel, espirrar na dobra do braço, evitar tocar nos olhos, nariz ou boca, uso de máscaras faciais etc.), a quarentena, o isolamento e o distanciamento social são determinantes para controlar a pandemia. Contudo, fatores psicológicos desempenham um papel essencial no sucesso de cada um desses métodos (Taylor, 2019) considerando que a Covid-19 possui o potencial de deixar cicatrizes psicológicas profundas pela sua imprevisibilidade, perigosidade e subsequente necessidade de distância e isolamento social (Horesh & Brown, 2020).

Quarentena, isolamento e distanciamento social

Os Centros de Controle de Doenças e Prevenção assinalam a diferença entre quarentena (afastamento e restrição de movimento de pessoas que foram expostas a uma doença contagiosa) e isolamento (afastamento de pessoas com uma doença contagiosa das pessoas sãs) (CDCP, 2017). Nesse sentido, o distanciamento social difere dos conceitos anteriores ao ser menos restritivo (com maior mobilidade e contato com a sociedade) e autoimposto. O distanciamento social, a quarentena e o isolamento são estratégias sine qua non no controle da Covid-19 no intuito de aliviar a pressão sobre os prestadores de serviços de saúde. Assim sendo, dentre as disposições promovidas pela OMS incluem-se o fechamento de escolas, cancelamento de eventos grupais e atividades comerciais não essenciais (Briscese, Lacetera, Macis & Tonin, 2020), isolamento de pessoas infectadas, quarentena de pessoas que foram expostas à Covid-19 e distanciamento social de pessoas não infectadas.

A quarentena, isolamento e distanciamento social geralmente são experiências desagradáveis para as pessoas que passam por elas. A perda de liberdade, a incerteza sobre o status da doença, a separação dos seres queridos e o tédio podem, ocasionalmente, criar efeitos nocivos (Brooks, Webster, Smith, Woodland, Wessely, Greenberg & Rubin, 2020) e seus efeitos psicológicos resultantes podem ser na forma de medo, ansiedade (considerando o número crescente de contágios e o aumento das mortes reportadas) perda de controle e sensação de estar preso (especialmente se as famílias se encontram separadas) (Rubin & Wessely, 2020). Inclusive, pode ser fator de risco para pessoas que sofrem de ideações suicidas, considerando que as principais teorias do suicídio enfatizam o papel principal que as conexões sociais desempenham na sua prevenção (Van Orden, Witte, Cukrowicz, Braithwaite, Selby & Joiner, 2010). Atualmente, as medidas rigorosas de quarentena adotadas na China afetaram muitos aspectos da vida das pessoas e desencadearam uma ampla variedade de problemas psicológicos, como transtorno do pânico, ansiedade e depressão (Qiu, Shen, Zhao, Wang, Xie e Xu, 2020).

Contudo, a prática de estratégias de afastamento social também tem efeitos colaterais em diversas áreas (educação, sociedade, economia, emprego etc.). De tal modo, desde o ponto de vista dos seus impactos na educação, além de interromper o aprendizado formal, o afastamento social, ao lado do fechamento das escolas, são fatores de estresse para algumas famílias, particularmente aquelas que sofrem de insuficiência alimentar e precisam a assistência do governo através dos programas de nutrição escolar (café da manhã e almoço) (Taylor, 2019). Além do anterior, para os menos favorecidos, ou para quem não pode estar em afastamento social pela sua situação económica, ao ficar sem uma fonte adequada de assistência infantil para as horas em que as crianças estariam regularmente na escola, são obrigados a permanecer em casa para cuidar de seus filhos, fator que pode acarretar a perda de renda e trabalho (Berkman, 2008) e o medo de perder os meios de subsistência (IASC, 2020).

A Organização Internacional do Trabalho (OMT) considera que a crise econômica e trabalhista criada pela Covid-19, terá impactos no mundo do trabalho em três dimensões principais: quantidade de empregos; qualidade do trabalho; e efeitos em grupos específicos mais vulneráveis (ILO, 2020). Assim, as estimativas preliminares da OMT apontam a dois cenários de aumento do desemprego global: 5,3 milhões (cenário baixo) e 24,7 milhões (cenário alto). Adicionalmente, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva considera que a recessão global consequente da Covid-19 pode ser pior que a crise que ocorreu posterior a 2008 (IMF, 2020). Portanto, vislumbra-se que perda involuntária de emprego, num contexto de recessão internacional, possa levar a sintomas de depressão e ansiedade (Eersel, Taris & Boelen, 2020) e que estas pessoas sofram pela perda das funções latentes de emprego (status, contato social, estrutura temporal, atividade etc.) impactando na sua saúde mental (Zechmann & Paul 2019).

O fator psicológico ante a Covid-19

Ante os fatores anteriormente citados (mitos e informações falsas sobre a doença, à inexistência de vacinas e terapias antivirais cientificamente respaldadas, efeitos colaterais da quarentena, isolamento e distanciamento social, as perspectivas económicas e laborais posteriores à Covid-19 etc.) as reações psicológicas da população variam amplamente cumprindo um papel essencial na disseminação, contenção da doença (Taylor, 2019) e nos estados psicológicos resultantes. Outrossim, o fator psicológico é determinante tanto para o sucesso dos métodos adotados para evitar a propagação da infeção, quanto para facilitar a adesão a vacinas, higiene e distanciamento social. O fator psicológico também é decisivo no tipo de resposta ante a informação de risco proveniente das autoridades sanitárias e as informações falsas que circulam nas redes sociais, determinando o impacto de estas (Taylor, 2019).

Na China, após a declaração da pandemia, as pessoas mostraram mais emoções negativas (ansiedade, depressão e indignação) e menos emoções positivas (Li, Wang, Xue, Zhao & Zhu, 2020). Os autores alicerçaram sua análise com base na teoria que considera que as infeções e as doenças têm apresentado desafios adaptativos para os seres humanos, provendo-lhes tanto de um sistema imunológico biológico, quanto de um sistema imunológico comportamental (BIS), este último composto por mecanismos psicológicos que incentivam a evasão de doenças (Terrizzi, Shook & McDaniel, 2013). Segundo a teoria, a ativação do BIS ocorre quando os indivíduos são expostos a informações sensoriais que indiquem a possibilidade de contaminação induzindo automaticamente respostas afetivas adaptativas (repugnância), cognitivas (pensamentos de contaminação) e comportamentais (evitação) que promovem a evasão (Terrizzi, Shook & McDaniel, 2013). Embora, esta estratégia comportamental seja predominantemente adaptativa, existe uma variabilidade de reações psicológicas com base no contexto, traços de personalidade e experiencias pessoais.

Neste sentido, as estratégias de afastamento social podem influir em sentimentos de desamparo, tédio, solidão e depressão por estarem isolados (IASC, 2020) e ser preditoras de sintomas do transtorno de estresse agudo com uma probabilidade significativamente maior de exaustão, ansiedade, irritabilidade, insônia, baixa concentração, indecisão, sintomas de estresse pós-traumático (Brooks, Webster, Smith, Woodland, Wessely, Greenberg & Rubin, 2020; Qiu, Shen, Zhao, Wang, Xie & Xu, 2020).

Tomando em conta que as pessoas diferem na forma de reação ante os estressores psicossociais (Taylor, 2019) as respostas das pessoas afetadas direta ou indiretamente pela Covid-19 podem variar em intensidade. Dentre as mais comuns podemos encontrar: medo de adoecer e morrer; medo de ser infectado durante o atendimento (e evitação de aproximar-se dos serviços de saúde); medo de ser excluído socialmente por estar associado à doença; sentir-se impotente na proteção de entes querido; medo de perder entes queridos por causa do vírus (IASC, 2020). Assim, as consequências da pandemia, manifestadas em insegurança, instabilidade e medo para a população, mostra a possibilidade de enfrentar uma crise psicológica sem precedentes que demandará profissionais de saúde mental e técnicas terapêuticas apropriadas aos novos tempos.

Os profissionais de saúde em geral, e de saúde mental em particular, pelas condições de trabalho (falta de equipamento, longas horas de trabalho, número de pacientes cada vez maior etc.) sofrem estressores adicionais durante o surto da pandemia COVID-19: dentre estes: estigma na comunidade; capacidade reduzida de apoio social pelos intensos horários de trabalho; pouco tempo para implementar o autocuidado básico; medo de contagiar amigos e familiares como resultado de seu trabalho etc. (IASC, 2020). Neste perspectiva, na pesquisa de Lai, Ma, Ying, Zhong, Jianbo, Ning, Wu, Hui, Tingting e Ruiting (2020) que objetivou avaliar a magnitude do impacto psicológico entre os profissionais de saúde envolvidos no diagnóstico, tratamento e atendimento diretos de pacientes com Covid-19 em hospitais chineses durante o surto da doença, revelou que de uma amostra de 1257 participantes, 71,5% relataram sintomas de angústia, mais da metade (50.4%) sintomas de depressão, ansiedade (44,6%) e insônia (34,0%).

Finalmente, as pessoas que não têm certeza se são portadores da Covid-19 ou não, relataram maior sofrimento do que indivíduos que relataram não ter a doença, fator que sugere ansiedade resultante ante o fato de não conhecer o status específico pessoal da doença (Jahanshahi, Dinani, Madavani, Li & Zhang, 2020), enfatizando a importância do esforço para aplicar testes para Covid-19 não somente nas pessoas que tiverem sintomas da doença, mas também para todas as pessoas da sociedade.

Conclusões e recomendações finais

A pandemia da Covid-19 representa um complexo desafio sanitário, social, econômico, educacional e psicológico sem precedentes na humanidade afetando tanto ao público em geral quanto aos profissionais em saúde em particular. Nesse sentido, as estratégias para sua contensão devem estar adaptadas aos diferentes contextos em diferentes nações. O medo, angustia, depressão, insônia, potenciais sintomas de estresse pós-traumático e efeitos colaterais da pandemia (desemprego, perspectivas económicas etc.) variam entre países com base na sua cultura, condições económicas e sociais, tipo de governo, serviços sanitários (disponibilidade de recursos médicos, número de psicólogos, qualidade de atendimento, número de leitos na UTI, quantidade de respiradores etc.), acesso a informações e medidas de prevenção e controle cientificamente respaldadas.

Neste sentido, ademais às recomendações referentes ao melhoramento dos serviços sanitários e da prioridade no atendimento dos grupos vulneráveis (idosos, pessoas com doenças respiratória crônica hipertensos, pessoas com insuficiência cardíaca ou renal etc.) é essencial a aplicação de testes para Covid-19 para toda a população, ante a possibilidade das pessoas puderem desenvolver algum tipo de sintomas pela ansiedade resultante de não saber se estão infectadas ou não. Porém, pondera-se urgente o planejamento e coordenação de estratégias para o atendimento psicológico durante a pandemia (e posterior a ela) considerando que a população está inserida num contexto de insegurança econômica e social, ante uma doença invisível e sem vacinas nem tratamentos eficazes para conte-la, cenário que mostra a probabilidade de uma crise psicológica sem precedentes.

Referências

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